1. A dificuldade de encontrar mão-de-obra nacional para trabalhar na agricultura tem levado, nos últimos quatro anos, os empresários do sector agrícola a recorrer cada vez mais à "importação" organizada de tailandeses para as actividades sazonais.

    Na Grande Reportagem "Mãos da Tailândia" assiste-se à chegada de grandes grupos para uma exploração agrícola em Torres Vedras e ao trabalho minucioso desenvolvido pela já extensa lista de asiáticos numa herdade no Alentejo.

    O ministro da Agricultura fez até, recentemente, um apelo aos desempregados portugueses para se aventurarem neste sector. Mas as pessoas continuam a querer ficar em casa sem fazer nada...É mais fácil, e quuuase que recebem o mesmo...Trabalhar para quê? Bah!
    Um reportagem obrigatória que foi exibida pela SIC no Domingo à noite.


  2. 3 comentários:

    1. Fada do bosque disse...

      E que coincidência eu ter estado a falar com a minha irmã, a última vez que estive com ela sobre esse assunto. O meu cunhado é gestor de uma cooperativa agrícola nos Arcos de Valdevez e já foi várias vezes ameaçado, até de morte, por procurar pessoas com o RSI... isto diz tudo. O homem anda desgastado! E contou-me exactamente que no Algarve, numa área de estufas enorme, não há um único português ou portuguesa a trabalhar... são todos tailandeses e andam todos felizes. Muita fome vai passar o nosso povinho!

    2. Guakjas disse...

      Portugal tem um potencial agrícola enorme e muito para explorar e para criar riqueza que tanto precisamos! Mas é mais fácil ficar em casa a receber o RSI ou o subsídio de desemprego...Os empresários agrícolas não têm outro remédio do que ir ao estrangeiro buscar mão-de-obra! Sinceramente, estas coisas deixam-me profundamente desiludido com os portugueses...E depois pergunto-me: que futuro será o nosso?

    3. Fada do bosque disse...

      Vai ver Guakjas, que quando a crise apertar e como o tuga na sua maioria é alguém que funciona na base do desenrasque, vai tudo a correr vergar a mola... nessa altura não estarão em posição para dizer não quero... ou não gosto. Vamos assistir ao empobrecer da grande maioria. Eu bem sei que o trabalho físico é desgastante, tenho experiência, mais ainda, deixa mazelas... são ossos do ofício, mas em contrapartida, há produção... as pessoas deviam pensar um pouco nisso, mesmo tendo razão em relação aos baixos ordenados. Eu ainda sou de uma geração que trabalhava nas férias da escola e aos sábados na quinta... não havia desculpas e isso nunca me fez mal... embora rabujasse por ter de me levantar de madrugada para ir para a terra. Isso tornou-me forte, isso fez de mim uma pessoa que não diz não a qualquer tipo de trabalho. Faço tudo da vez que o haja. Agora não estou a ver como vai esta juventude retroceder no tempo, porque pela 1ª vez isso lhes vai acontecer... ou então ficam à mercê dos pais até que estes se finem... o que é triste, com um país com o potencial como o nosso. Quando falo em tuga, é para diferenciar essa espécie de gentalha que em vez de pôr o País a andar para a frente, põe-no a andar para trás. Políticos incluidos.

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    Adicione sal ou pimenta ao que fritei